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domingo, 2 de setembro de 2012

Poesia que escreve




Tem uma janela no meu pôr do sol,
Um peito na minha saudade, 
Um corpo no meu amor, 
Uma boca no meu céu, 
Um talvez no meu nunca, 
Uma voz no meu silêncio, 
Um sol na minha clave. 

Tem uma falta na minha esperança, 
Uma paixão no meu ódio, 
Um pensar no meu excesso, 
Um sentir no meu drama, 
Um absurdo no meu sentido, 
Um sentido no meu sintoma, 
Um desejo no meu recalque. 

Tem um cotovelo na minha dor, 
Um canto de boca no meu sorriso, 
Uma fé na minha descrença, 
Um caminho na minha pedra, 
Um até breve no meu adeus, 
Uma garganta no meu nó, 
Um verso no meu clichê. 

Tem de tudo no meu poema 
- que não tem uma rima sequer.

Sobre o Autor:
Gilson Santiago Gilson tem 15 anos, ama escrever prosa e narrativas. Tem um gosto por ser clichê e ser irônico boa parte do tempo. Escreve por um mundo melhor, ao menos, em sua mente.
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