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sexta-feira, 17 de maio de 2013

Histórias de amor duram uma página


 "A gente aceita o amor que acha que merece"
(As Vantagens de Ser Invisível)



Toda história de amor, leva uma página.
Por isso, não derrubais sequer demente lágrima,
Não maculeis! nem olvideis meus escritos;
Não esqueçais dos meus sonetos, o mais querido.

Não me tomais por fútil.
Sou apenas um bobo, brincando de ser equilibrista.
Dançando, na corda bamba
(sou apenas um inútil)
A brincar nas veias rotas de um coração (cansado de ser) artista.

Não fazeis julgamento de mim.
Se me tornei o que sou por fim,
Credes, as culpas todas desse torpor
(De fugir da corrida tão predatória)
Se sob o céu anil há de ter explicação,
(não tenho escapatória!)
– alcunho-lhe, amor!

Mas se histórias de romances
Duram menos de uma lauda
Findada, essa estória, não me aplauda!
Deixai dissipar o eco, fugir de vosso alcance...

Pois meu amor não se mede em palavras,
É pureza infindável!
Meu amor não se mede em métricas,
Compassos ou poesia ritmada.
Meu amor é pedra bruta, é rocha não lapidável.

Esqueçais tudo que leste até aqui.
Não quero falar de amores que não vivi.
Soltai minha mão, voai para o além.
Deixai-me só, feliz, sendo eu, ninguém.

E se todo romance dura uma página (ainda que alvissareiro),
Olhai o nosso... O nosso amor dura um livro inteiro.
Tem apêndices e índices pra me folhear do A ao Z
Tem todo um amor, que não cabe no ABC.
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