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terça-feira, 3 de setembro de 2013

Nuvens


Pus-me a lembrar de um tempo
Em que crianças eram fontes
Lembrar de tudo o que escrevi
Quando até a mais tímida brisa
Parecia me inspirar.

Tudo o que vivi,
Tudo o que eu vi
E o que somente eu sei.

Fui à janela, para pensar,
Mas não vi rosto algum nesse amanhecer
Não achei teus olhos no mar
Seus cabelos não estavam nas ondas
E os monstros fugiram das nuvens.

Estão em mim agora,
Guardados em cada palavra omitida
Em todo sorriso sem vida.

Ainda queria poder me emocionar com músicas
As que guardo, as que ouço
E as que ainda ei de ouvir.

É triste mas admito,
Que o fulgor de belas poesias
Não mais reside em mim.

Não tenho conseguido escrever,
Qualquer momento que olhasse
Queria ver poesia em flor,
Mas o problema em si
É que os monstros sumiram das nuvens.
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