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domingo, 21 de julho de 2013

É eternamente responsável por tudo aquilo que (não) cativa

É eternamente responsável por tudo aquilo que (não) cativa


         “13 porquês” é um livro voltado ao publico jovem, que trata de suicídio.  A narração do romance é em primeira pessoa e dupla. O primeiro narrador é Clay, o garoto que voltando da escola encontra o pacote de fitas da segunda narradora, Hannah, a suicida. Nas fitas existem os treze motivos dela ter se suicidado, e Clay é um deles. A partir daí a história se desenrola de forma alucinada.

          Soube da existência desse livro por minha filha, Lívia, e o autor ganhou meu respeito no mesmo momento. Qualquer um que se habilite a tratar de um tema tão denso e pouco explorado num livro voltado para jovens merece, no mínimo, atenção. Decidi ler o livro, num pdf traduzido por fãs e nenhum dos erros ortográficos foi suficiente para eu interromper minha leitura. Não recordo ao certo quantos dias levei, mas sei que foram maravilhosos.

         Claro que se você procura um livro sobre um vampiro que se apaixona por uma mortal, não encontrara aqui sua leitura predileta, o livro não é doce, e muito menos engraçado e nem tenta ser. O livro é sobre um inocente que sabe que será condenado, e tenta desesperadamente descobrir o porquê.

          “Afinal, uma garota morta não mentiria. Espera aí! Isso está parecendo uma piada. Por que uma garota morta não mentiria? Resposta: porque ela não pode mais falar! Vai, pode rir. Tudo bem. Eu achei engraçado – Hannah Baker”

           Agora é engraçado, contextualizado não. Em tempos de best-sellers que se tornam praticamente leituras obrigatórias, 13 porquês é uma fuga relativa e agradável, mesmo não sendo leve. Vale ressaltar eu faço questão de comprar os livros que gosto, e com este não foi diferente. Além da bela capa, o livro trás uma excelente entrevista com o autor, onde ele explica que Hannah não foi de toda inventada, quanta pesquisa e tempo de gaveta envolveu a criação deste livro, servindo além disso para entender melhor, ainda que não completamente, a mente de um suicida.

          Mais que uma recomendação, nesta resenha eu desafio todos a encontrarem um motivo para retirar meia estrela sequer deste livro que consegue ser épico, mesmo sem tentar. Se de fato vai virar filme eu não sei, mas que estarei na primeira fila da pré se for verdade, disso eu sei.

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