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quinta-feira, 22 de agosto de 2013

poema pra você dar o nome


 
eu não sei o que faço da minha vida
não sei se já tô confundindo tudo,
ou estão meus pensamentos mudos

não sei viver, assumo.
eu que não tenho rumo,
que não tenho prumo,
não tenho nem chão
quem dirá no peito ar
ou um coração a pulsar

tô morto-vivo.
ou vivo morto.
vivendo morto
um dia após o outro
o cansaço dessa vida,
cansaço do mormaço
cansaço da vida morna
que eu suporto, querida.

e já tô sem palavras a flutuar.
estou sem rimas pra te amar
sem verbos pra te poetizar e
te fazer eterna ao menos aqui,
já que você fugiu de mim, né?

e resta apenas o diabo de pensar
que a gente poderia ser melhor
em qualquer algum outro lugar,
qualquer lugar que não fosse aqui

mas quem sabe se, ser assim,
não é o começo de todo fim?
quem sabe você volta pra mim
só por gostar de artistas ruins
que não sabem rimar amores
correspondidos, só os antigos
amores que já não têm valor.

porque todo amor já acabou lá
no findar do dia, da sinfonia ou
na última linha da última poesia
de amor devotada, só por amar.

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