A pequena estrela, com suas
perninhas e bracinhos, caminhava sobre seu arco-íris particular, construído com
blocos de pureza e sonhos, desses que só estrelas são capazes de produzir.
Caminhava tropeçando, mas também
se reerguendo, dois costumes tão normais às caminhadas de estrelas e tão
estranhos aos planetas que elas orbitam (Ou seriam os planetas que às
orbitam?). Construía seu caminho com seus tijolos, se certificando de guardar
os melhores para construir sua própria casa, transformando, durante o processo,
seu futuro em passado e seu passado em pó de estrela.
O arco-íris levaria direto ao
reino dos sonhos, onde seria feliz para sempre. E como ela sabia que chegaria
lá? Sabia por que ela era uma estrela, e assim como planetas são feitos de
passado, estrelas são feitas de futuro. E seu futuro estava no reino dos
sonhos, onde seria feliz para sempre.