Home

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Soneto de (in)fidelidade


Caro Vinícius poeta,
Espero que não se importe,
Emprestei sua poesia.

Soneto de (in)fidelidade
De tudo, ao meu amor fui atento
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
E agora com a quebra do maior encanto
Não estou mais em seu pensamento.

Vivi em vão cada momento
E em seu louvor espalhei meu canto
Ri meu riso e derramo meu pranto
Só ao meu pesar sem contentamento.

E assim, quando mais tarde me procure
Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama

Eu possa me dizer do amor (que pensei que tive):
Que foi imortal, posto que era chama
E que infinito foi até que o mundo gire.
Comentários
0 Comentários

Nenhum comentário: