“― Ele é uma
figura, né?
Bob concordou. Patrick depois disse alguma coisa acho que nunca vou
esquecer.
― Ele é
invisível.”
Nome:
As Vantagens de Ser Invisível
Autor:
Stephen Chbosky
Avaliação:
★★★★★ ♥
Páginas:
223
Editora:
Rocco
“Ao
mesmo tempo engraçado e atordoante, o livro reúne as cartas de Charlie, um
adolescente de quem pouco se sabe - a não ser pelo que ele conta ao amigo
nessas correspondências -, que vive entre a apatia e o entusiasmo, tateando
territórios inexplorados, encurralado entre o desejo de viver a própria vida e
ao mesmo tempo fugir dela.
As dificuldades do ambiente escolar, muitas vezes ameaçador, as descobertas dos primeiros encontros amorosos, os dramas familiares, as festas alucinantes e a eterna vontade de se sentir "infinito" ao lado dos amigos são temas que enchem de alegria e angústia a cabeça do protagonista em fase de amadurecimento. Stephen Chbosky capta com emoção esse vaivém dos sentidos e dos sentimentos e constrói uma narrativa vigorosa costurada pelas cartas de Charlie endereçadas a um amigo que não se sabe se real ou imaginário.
Íntimas, hilariantes, às vezes devastadoras, as cartas mostram um jovem em confronto com a sua própria história presente e futura, ora como um personagem invisível à espreita por trás das cortinas, ora como o protagonista que tem que assumir seu papel no palco da vida. Um jovem que não se sabe quem é ou onde mora. Mas que poderia ser qualquer um, em qualquer lugar do mundo.”
As dificuldades do ambiente escolar, muitas vezes ameaçador, as descobertas dos primeiros encontros amorosos, os dramas familiares, as festas alucinantes e a eterna vontade de se sentir "infinito" ao lado dos amigos são temas que enchem de alegria e angústia a cabeça do protagonista em fase de amadurecimento. Stephen Chbosky capta com emoção esse vaivém dos sentidos e dos sentimentos e constrói uma narrativa vigorosa costurada pelas cartas de Charlie endereçadas a um amigo que não se sabe se real ou imaginário.
Íntimas, hilariantes, às vezes devastadoras, as cartas mostram um jovem em confronto com a sua própria história presente e futura, ora como um personagem invisível à espreita por trás das cortinas, ora como o protagonista que tem que assumir seu papel no palco da vida. Um jovem que não se sabe quem é ou onde mora. Mas que poderia ser qualquer um, em qualquer lugar do mundo.”
Ninguém
imagina o privilégio que estou tendo em poder resenhar o meu atual livro
favorito. Sim, As Vantagens de Ser Invisível, de Stephen Chbosky, conseguiu a
proeza de desbancar alguns clássicos que permaneciam invictos como meus livros
prediletos. Até o presente momento me encontro sem reação diante do fim do
livro. Não, livro não, obra-prima.
Toda
a história é narrada por meio de cartas de um suposto Charlie, que dá a si
mesmo e à todos os personagens do livro nomes falsos, para esconder a sua real
identidade. Porém, o mais interessante nessas cartas, além da narrativa
cativante, é o destinatário dela: você mesmo. Você é um amigo de Charlie, e
acho isso envolvente, porque te trás para a dinâmica do livro, acaba integrando
mais o leitor à obra, e é um detalhe crucial, que não pode passar em branco.
Nelas, o drama pessoal do personagem é narrado
de forma suave, nua e até mesmo cruel. Charlie é capaz de te fazer, rir,
chorar, querer quebrar tudo, e se apaixonar. A caracterização da sua
personalidade é de tão forma crível que você parece tocá-lo. Não só ele, mas
Stephen foi capaz de delinear de uma forma fantástica todos os outros seres que
de alguma forma estavam presentes na vida do protagonista.
É
o livro perfeito para qualquer um (embora eu ache, particularmente, que moralistas
devam passar longe de As Vantagens de Ser Invisível, pelos temas fortes
tratados, e pelos tabus, que podem até mesmo ofender certo tipo de pessoas):
rápido, bem escrito, com uma trama real, e recheado de momentos que até mesmo
são vividos pelos leitores. Em diversos momentos, detalhes e situações da nossa
vida, são vividos por Charlie, e mexe realmente com o nosso emocional,
reforçando a veracidade do personagem.
É
um livro que parece abrir a sua mente, desvendando todos os pensamentos
confusos no emaranhado da cabeça e transformando-os em palavras. O
protagonista, mesmo sendo jovem e inocente (embora inocente demais para a
idade, talvez pela época em que o livro de passa), possui um lado muito poético
e filosófico, e abre espaço para questões polêmicas, com avaliações
interessantes. Crítico, sedutor, fofo e emocionante. Adjetivos para As
Vantagens de Ser Invisível são infinitos... infinitos como os próprios
personagens.
Charlie era um garoto solitário e
calouro no segundo grau, e tinha poucos amigos para recorrer nos momentos de
dúvida (que não eram poucos), até que um dos únicos que partilhavam seus
momentos pessoais acaba morrendo. Aquilo consegue abalá-lo emocionalmente,
porém, abre portas para uma série de acontecimentos que o fazem passar de um
simples novato, para um ser-humano especial, quando conhece Sam e Patrick,
irmãos um tanto singulares, e os responsáveis por mudar as bases de sua vida
calma e solitária.
Drogas, sexo, homossexualidade,
tudo isso está impresso nas páginas do livro com uma dose à mais de crueza, o
que nunca é um ponto negativo. É interessante avaliar o seu comportamento
diante daquelas situações tão maduras para a sua idade, e visualizar de uma
forma tão próxima os seus planos, medos e desejos, quando tudo é tão atirado em
sua frente sem aviso prévio.
O final chega a ser surpreendente
e possui uma pitada de dor, que nunca se faz ausente no decorrer da narrativa.
Charlie narra de uma forma convincente e muito simples, e aproxima quem lê. Já estou com saudade de ler as suas histórias, de sentir na pele o que Charlie sentia, e chega a ser uma perda dolorosa, chegar ao fim dessa obra. Estou curioso pelo filme que já saiu, mas não tive a oportunidade de ver, e espero de todo o coração que cada sentimento do livro seja tratado no longa com o mesmo cuidado. Quero que as pessoas que saiam da sala de cinema, saiam reavivados, emocionados e maiores, da mesma forma que me senti quando concluí o livro.
Meu único problema foi o tamanho. Tão curto para algo tão grandioso. Podia passar semanas lendos e nunca me cansaria. Lindo!
Sem dúvidas uma leitura
obrigatória para quem realmente quer se sentir infinito alguma vez.
Não que alguém se importe, mas João é um sonhador, no fim dos seus 14 anos, que sonha em fazer Jornalismo e ter livros em todas as estantes do mundo. Isso mesmo, do MUNDO. |