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segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

Sexismo, outra visão

Sexismo, outra visão



            Olá, caros leitores.esse não é uma narrativa, mas sim um texto argumentativo. Para ser mais preciso é meu "contra-argumento" ao texto do nosso querido Colunista, João Victor. Cliquem aqui para ler o texto dele, e fazer com que o titulo deste faça qualquer sentido.

             Primeiramente, acho bom citar que estamos em pé de igualdade. Assim como ele, não li o livro citado, embora eu esteja tentando e não ache o diabo tão feio quanto a critica pinta. Na verdade, a pegada Zé Ramalho dele é razoável, mas voltemos aos 50 tons, um best-seller ruim de cada vez.
Não julgo quem lê cinquenta tons de cinza e muito menos quem é adepto do sadomasoquismo, não sei se sou apoiado pela ciência quando digo que é apenas mais uma orientação sexual, mas posso afirmar que quem julga os integrantes deste outro mundo deixa de conhecer pessoas maravilhosas, com visões de vida notáveis.

               Meramente a titulo de curiosidade, digo que acredito existirem sim conjuntos de praticas mais detestáveis que o sexismo, mas todas elas englobam o sexismo e são todas praticas religiosas.

               Mas, parafraseando o João, vamos ao ponto chave. Como já diria um dos meus mestres da vida, André H., nada fica bom aliado a sexo. Sexo que fica bom atrelado a algo. E Cinquenta tons de cinza peca ai. Não é um romance que envolve sexo, é uma relação sexual que envolve - pouco - romance, e acredito que nenhum artigo me desminta. Acredito que os conceitos foram explicados de forma clara, embora eu ache o feminismo seja mais uma consequência que uma vertente do sexismo.

                Acho que o João deixou de lado um ponto importante do romance. É, até certo ponto, natural que uma garota se apaixone por um homem bonito, culto, rico e austero. O interessante é o ponto que a paixão é reciproca. Dentre tantas garotas quem ele revolveu amar  e perseguir? Ai que começa a forçação de barra.

               Na minha visão, Grey não é sexista. Não afirmarei por ter lido pouco do livro ainda, mas neste tempo ele não mostrou machismo, apenas quis dominar a senhorita. Para muito deve ser um conceito estranho, mas o número de pessoas que curtem dominar, humilhar, dar ordens a seu parceiro é bem grande. O problema todo começa quando Ana não é uma submissa. Pois é, assim como existem seres que curtem dominar existem os que curtem ser dominados. E eles estão presentes em ambos os sexos, de forma que as relações sadomasoquista, comumente, possuem consentimento mutuo.

               Tapa na cara da sociedade, né? Mas se você entende que sentem prazer em ser violados analmente, tente  abrir mais um pouco sua mente e entender que alguém pode escolher humilhar e dominar, mas escolher ser dominado e  humilhado sem ser sua forma de prazer, acho difícil .. E essas relações são bem diferentes de mulheres apanhando do marido, sem ter conotação sexual alguma para nenhum dos dois. Aliás, existe até um contrato - que foi usado de forma ridícula em cinquenta tons de cinza - que mostra que o ponto até onde o dominador pode ir é determinado pelo dominado.

                Não preciso nem dizer que acho que esse tipo de relação pode muito bem ser utilizada em romances, como algo bom. Aliás, conheço histórias lindas de pessoas do meio. E agora digo que, de forma alguma isto joga as conquistas femininas pelo ralo. Como eu disse, neste mundo a mulher pode perfeitamente escolher ser dominante, dominada, ou simplesmente viver outro tipo de romance, mais "normal". E uma vez que a dominada esta abdicando apenas de seus direitos, não acho que outra mulher - ou qualquer outra pessoa - tenha algo com isso.

                 Começo aqui a me despedir, mas antes duas pequenas considerações. Primeiro, não entrarei no assunto religião, deixo para outro post, mas reitero o que o João disse, integralmente. E acho que esta pagina pode mostrar atitudes machistas FEMININAS totalmente cotidianas, que talvez você mesma que esta lendo este artigo cometa.

                 Espero ter esclarecido um pouco mais a questão e meu ponto de vista, e não ter ofendido nem o João e nem qualquer um que concorde com ele.

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