segunda-feira, 15 de abril de 2013
Várias pessoas
usam essa coisa de “ser humano” relacionada à imperfeição. É aquela velha
história de que errar é humano, ninguém é perfeito, você erra, eu erro, vamos
ser perdoados – ou não – mas de um modo geral vamos seguir em frente pois errar
é permitido, claro, porque você é humano.
Acontece que lendo,
Paulo Coelho, algo me fez questionar o sentido de ser humano. Encontrei vários
textos interessantes, mas um me chamou bastante a atenção, intitulado “Do sacrifício”, em apenas quatro
parágrafos Paulo me fez pensar em muita coisa, e uma parte específica do texto
marcou bastante:
“Aquele que
dedicou seu trabalho a uma causa maior sabe o que quer dizer sacrifício: a
fusão de “sacro” e “ofício”, ou seja, o trabalho sagrado [...]”.
Me fez lembrar o trabalho humanitário feito
por muitas pessoas. Não digo apenas
daquele sobre o qual a tv aberta fala bastante, do feito por celebridades,
claro que estes merecem credibilidade, e muita. Mas e os outros? Os feitos por
pessoas que nós sequer sabemos o nome, pessoas que participam de experiências
surpreendentes por outras pessoas?
Deve ser árduo passar
por tudo isso, e não ter nenhum reconhecimento. Sim, pode até ser duro, mas o
ponto é que fazer um trabalho humanitário, trabalhar em prol de outra pessoa, é antes
de mais nada, trabalhar por você, é uma questão de se sentir bem consigo
mesmo, é conseguir dormir tranquilo a noite pois você, da sua maneira, curou o
mundo, deu tudo de si, e fez a diferença. No final, reconhecimento é o que
menos importa.
E há ainda quem ache que não pode fazer nada
e fique repetindo isso para si mesmo como uma maneira de escapar da realidade
que o cerca. As pessoas repetem essa mesma coisa com uma certa frequência, até
que para elas, se torna uma quase-verdade, mesmo que no fundo, todo mundo saiba
que independente de ser cristão ou ateu, hétero ou homossexual, negro ou
branco, uma coisa que todo mundo tem é potencial para mudar a vida de alguém,
de alguma maneira.
“As pessoas preferem uma mentira que as
conforte, a uma verdade que as destrua”. Um sentimento destruidor é olhar para
si mesmo e se sentir impotente. Esta é uma coisa sobre a qual é dever de todos ao
menos ficar muito mal. Enquanto eu – ou
você - realmente não puder fazer nada, está tudo bem não estar tudo bem, até mesmo porque repetir para mim mesmo que
não é para me sentir mal “porque eu não posso fazer nada” tem feito quanto
sentido quanto se eu resolvesse me limitar em assistir Big Brother porque eu
não posso suportar as matérias do Jornal.
E por esse motivo, eu resolvi adicionar um novo item
na minha lista de
“Coisas para fazer antes de morrer”:
Ser humano.
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Ariel Moreira,
Silêncio Ritmado
2 Comentários
2 comentários:
- Unknown disse...
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Ariel Machado ataca novamente!!
Ótimo texto, excelente música!!
A maior recompensa, de quem faz um trabalho voluntário, é o sorriso daquele q foi ajudado, a gratidão das pessoas que receberam a atenção de anjos q destinam o seu tempo pra dar atenção e ajudar qm precisa. Quem faz trabalho voluntário ñ está interessado no reconhecimento da mídia ou qualquer coisa do tipo, e sim com o crescimento daqueles q mais necessitam e tb com o próprio crescimento como pessoa. Todo mundo deveria ter a coragem de dizer " sim, eu posso fazer algo, eu sou capaz de ajudar alguém" e assim deixar suas pegadas nas areias do tempo" e sentir como é bom saber que "esse mundo é um pouco melhor, só pq eu estive aqui"
I was here (:
Gabrielle Desireé
- 15 de abril de 2013 às 21:50
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Bom texto.
- 15 de abril de 2013 às 23:25
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