Faço questão de vos apresentar nesta terça-feira úmida, a
mais nova coluna da Decay, cuja a ideia é indicar filmes, seriados, livros, CDs
e etc para os nosso leitores.
"Foi quando entendi que havia essa vida toda por trás das coisas, e essa incrível força benevolente, que dizia pra eu não ter medo. As vezes eu sinto que há tanta beleza no mundo, e eu não posso resistir. E meu coração parece que vai sucumbir."
O filme que abrirá com chave de ouro a nossa coluna é Beleza Americana (American Beauty, 1999, direção de Sam Mendes e roteiro de Alan
Ball), um filme norte-americano que junta, harmonicamente, tudo de mais delicioso que existe: atuações marcantes, enredo inteligente, milhares de críticas
sociais e um personagem fracassado muito divertido. Não tinha como não dar certo, e não
demorou muito para que ele se tornasse um dos meus filmes favoritos de todos os
tempos.
SINOPSE:
“Lester Burham (Kevin
Spacey) não aguenta mais o emprego e se sente impotente perante sua vida.
Casado com Carolyn (Annette Bening) e pai da "aborrecente" Jane (Tora
Birch), o melhor momento de seu dia quando se masturba no chuveiro. Até que conhece
Angela Hayes (Mena Suvari), amiga de Jane. Encantado com sua beleza e disposto
a dar a volta por cima, Lester pede demissão e começa a reconstruir sua vida,
com a ajuda de seu vizinho Ricky (Wes Bentley).”
A sinopse por si só já parece convidativa, mas não explana
nem a metade da história do filme. A fotografia dispensa comentários: além de
ter recebido o Oscar em 2000 nesse quesito, é um show a parte. É realmente
interessante ver como a parte visual do filme ajuda à construir a mensagem
simbólica: muitas pétalas de rosa são observadas durante as 2 horas,
consolidado uma marca. A trilha sonora é adorável, mas não é propriamente um
destaque.
Não é a minha intenção criar interpretações, mas em Beleza
Americana, vários dramas sociais e familiares são abordados: virgindade,
sexualidade, drogas e dominação financeira. Enfim, é um prato cheio, com doses
cavalares de humor negro, uma pitada de drama para fazer chorar e muita
reflexão. Mais do que recomendado.
TRAILER: