“Dos
meus lábios perto dos teus tento inutilmente proferir alguma fala bonita,
parecida com meus escritos que você diz serem suavemente agradáveis, porém tudo
que consigo proclamar é que te amo. Perto do teu rosto minhas bochechas não
conseguem deixar de ficar levantadas, elas deixam claro o alerta: sou
apaixonada por ti, sinto-me amada, sou amada. Teus olhos, ao fitar-me tão
próximos, constroem certa sintonia com meus pensamentos. Há um momento
atemporal quando nossos lábios se tocam, o que, por ser atemporal, não é
momento. Logo, torna-se irreal, não é possível que se descreva, e assim,
continuo a devanear, a procura de como expressar todo esse não momentâneo
sentimento. Como dito, resta-me e acredito que basta-te, no mais importante,
dizer que te amo.”