Sociedade dos Poetas Mortos
Lançamento: 28 de fevereiro de 1990
Direção: Peter Weir
Com: Robin Williams, Ethan Hawke, Robert Sean
Leonard
Gênero: Comédia dramática
Nacionalidade: EUA
“Fecho meus olhos. Uma imagem flutua ao meu lado.Um louco dentuço suado com um olhar que golpeia meu cérebro. As mãos dele me estrangulam. E ele está balbuciando algo. Balbuciando ‘a verdade’. A verdade que é como um cobertor que sempre deixa seus pés com frio. Você empurra, estica, nunca há suficiente. Você chuta, bate, nunca nos cobrirá. Desde que chegamos chorando até partirmos mortos. Só cobrirá seu rosto, enquanto você berra, chora e grita.”
O, Capitão!, meu Capitão! Quero deixar
claro que eu sou a pessoa mais suspeita possível para falar sobre esse filme. É,
sem sombra de dúvida, o filme que mais me toca. É, também, provavelmente, o
tipo de filme que motiva os professores a continuarem ganhando pouco.
Pois é. Porque ensinar a contar
sílabas qualquer um pode fazer, mas não é todo professor capaz de ensinar a
pessoa a sugar todo o tutano da vida.
E é isso que o professor Keating,
o novo professor de Literatura da tradicional escola Welton Academy, faz com os
seus alunos. Ele apresenta a poesia de uma forma plena e inspiradora, ele dá
vida às palavras e mostra que poesia é mais que métrica e rimas ricas. Poesia é
o que captura a essência da alma humana – e mais! é o que torna bela a
existência, o que dá sentido ao fato de que estamos aqui.
“Não lemos e escrevemos poesia
porque é bonitinho. Lemos e escrevemos poesia porque somos membros da raça humana e a raça
humana está repleta de paixão. E medicina, advocacia, administração e
engenharia, são objetivos nobres e necessários para manter-se vivo. Mas
a poesia, beleza, romance, amor... é para isso que vivemos.”
Só posso dizer que é lindo. É lindo
até mesmo eles recitando as próprias poesias, que são poesias imaturas de
adolescentes falando bobagens de amor. Isso porque eles aprenderam muito bem a
lição do professor Keating, eles aprenderam a ler com a alma, a sentir a poesia, a sugar todo o tutano da vida, a aproveitar
o dia.
Carpe diem. Aproveitem o dia, garotos. Façam suas vidas serem
extraordinárias.
E é isso. Foi isso o que o filme
me passou, a vontade de viver em profundidade e sugar todo o tutano da vida. É uma
história incrível e eu recomendo a todos.
Não é desses filmes que você assiste uma vez e em uma semana já esqueceu. A
Sociedade dos Poetas Mortos é marcante e traz muitas reflexões a respeito do
que fazemos com as nossas vidas.