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sábado, 21 de setembro de 2013

Limbo dos poetas - Mute my happy


Olá, decadentes! Venho hoje com um conto de um dos parceiros do blog que mais admiro, Huirian Suzin, do Universo Auxiliar. Um conto sobre a pior forma de terror, aquela que não se esconde no armário, nem em caixões, mas pode passar por ti todos os dias e morar na casa ao lado!
Sempre lembrando que todos os que quiserem ter seu texto publicado no limbo, basta enviar uma mensagem contendo nome, texto e, se possuir, blog para adecadenciadoanjo@hotmail.com  e aguardar!

(Contrariando o padrão, a imagem vem no final)

Mute my happy

havia dias que eu estava esperando ela voltar-

-todo esse verão pareceu-me infernal. E eu sinceramente não ia mais aguentar essa saudade.
Pareceu-me uma espécie de visão celestial quando Ana desceu do carro, quanto tempo .
Esses três meses pareceram uma espécie de teste pra mim ,pra ver se realmente meus sentimentos estavam certos.

A cada dia parece que estou certo sobre o que sinto, ela me sorri todas as manhãs daquele jeito que só ela sabe.
Pela janela ela percebe meus sorrisos e corresponde, Senhor!
Como eu a amo!

Hoje eu a vi voltando do colégio e resolvi que será hoje.
Hoje é o nosso dia! Hoje irei até ela e direi tudo o que sinto.
Aproximo-me dela e começo a desabar. Minha boca se assemelha a uma cachoeira, tantas coisas guardadas, tanto amor reprimido. Ela me ouve e sorri. Como ela esta linda!
Essa velha da minha mãe que não levanta nunca? ah droga me atrasei pro meu remédio de novo, sei que não preciso mas ela diz que eu tenho que tomar! eu odeio isso!

Já faz seis dias que me declarei, e apesar dos sorrisos continuarem, ela não veio aqui e nem me disse nada, O que diabos ela quer afinal? Ela me ama? É claro, afinal se não amasse teria dito que não quando me declarei! Ou será que ela como outras garotas saem de férias e voltam vadias sem coração? Não!
Ela não!

Mais cinco dias se passaram e nada. Estou começando a ficar nervoso.
Ela não parece feliz, eu a arrastei aqui e disse que nós resolveríamos essa situação de uma vez por todas. Esforcei-me para beijá-la pois ela disse que gostava de mim, mas ela sempre resiste ao meu beijo a mim ao meu corpo, qual a dela?

Decidi que já chega, ela não vai mais brincar comigo, nem com o coração de ninguém! trouxe a aqui e dei a ela uma boa dose de calmante, dos mesmo que minha mãe me manda tomar, e a sem pudor tomou numa boa no copo de suco.
Cavei o maior buraco que pude aqui no meu quintal, quando esse verão terminar, ninguém mais ouvira os seus choros, seus risos, esses que zombaram tanto do meu amor-chorando-Nunca mais amor, você é minha ou de ninguém! Adeus amor, quando o efeito do calmante passar você acordará nessa cova no meu quintal, leve junto sua falsidade e seu falso amor!-



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