fez-se silêncio na calçada
e o vento frio que soprava,
parecia insone a madrugada,
que até parecia a alvorada.
fez-se silêncio nos
bares,
e até o burburinho, nos lares,
se aquietou por um minuto.
e até o burburinho, nos lares,
se aquietou por um minuto.
fez-se silêncio tal
qual luto,
aquele som do silêncio no ar...!
aquele som do silêncio no ar...!
calaram-se todos.
calaram o mundo:
tudo mudo.
calaram o mundo:
tudo mudo.
fez-se silêncio em
meio ao dia.
o dia tímido que amanhecia...
o dia tímido que amanhecia...
fez-se silêncio.
olhares
contemplativos
de quem não dormia.
de quem não dormia.
o dia rompia,
a noite dormia.
a noite dormia.
e o silêncio,
silenciou-se.
silenciou-se.
ninguém soube o
porquê
do dia raiar tão quieto
e o poeta, sempre desperto,
sorriu, ouvindo estrelas que dormiam.
do dia raiar tão quieto
e o poeta, sempre desperto,
sorriu, ouvindo estrelas que dormiam.