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domingo, 19 de agosto de 2012

Olha, amor!



Olha, amor!
A chuva que cai lá fora
Deixando esse cheiro no ar
Qual teu odor expressivo
Entranhado na pele da menina
Que flutua longe do chão...

Vê, amor, que furtivo!
As nuvens demoram a passar
Cheias das lágrimas que me roubaram
Cheias dos rastros de amor que deixaste
Nos cantos da cidade sem esquina
E, é claro, em meu coração...

Pois, que coisa, amar, amor!

O poeta devia estar emotivo,
Quando achou que verbo seria
De intransitiva conjugação
Ou foi só porque não havia
Testemunhado a nossa conjunção...

No cerrado, só chover é intransitivo!

Na nossa gramática
Amar é vocação
Amor é vocativo
E se presta à reunião
Dos corpos uma vez apartados
Por ironia ou desígnio dos astros
Porém unos por definição.

Mas olha, lá, amor!
Lá fora, a chuva que cai...




Sobre o Autor:
Gilson Santiago Gilson tem 15 anos, ama escrever prosa e narrativas. Tem um gosto por ser clichê e ser irônico boa parte do tempo. Escreve por um mundo melhor, ao menos, em sua mente.
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