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sexta-feira, 19 de abril de 2013

Insensatez crônica

Insensatez crônica 



        Logo o relógio marcaria três horas da madrugada e eu pouco me importava em dormir. O cansaço, há muito, havia se tornado uma doença crônica. Dormir não estava em meus planos, meus doces sonhos em que eu te encontrava só faziam acordar e ver o quão terrível era meu pesadelo real.

        A luz se esvaia, ao ponto que a vela ia queimando, quase que colado a ela, eu lia o nosso diário. Eu lia teus textos como que, na esperança de me trocando com você, achasse uma pista de seu paradeiro. Era sempre você que o levava em nossas brigas e, se eu fosse capaz, lhe esqueceria quando recebei via correio, junto da tua carta de despedida.

        Eu leria a carta, mas ela já não era entendível devido ao número de marcas de lagrimas, apesar que, de qualquer forma, eu li tantas vezes a carta enquanto chorava que saberia dizer onde se encontrava cada “a” e cada “,”.

        Me restava o diário e as lembranças, lembranças de nossas juras de amor, perante um ao outro, ao mundo e as estrelas cadentes que vivemos em uma das nossas ultimas noites juntas e é nisso que me agarrei, até lhe achar, até que volte para ou que minha insensatez se volte em loucura.

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