Não consigo fazer sentido pra você, me desculpe. Mas não
daria certo, daria? Você é vermelho, eu sou azul, juntos somos roxo e eu nem
sei se você se lembra. Tem coisas que são eternizadas em momentos tão pequenos
que não cabem.
Não cabe, Sam. Não cabe a gente no curto espaço de tempo
entre o anos atrás e o agora. Porque a gente é infinito e precisa do futuro pra
se estender, pra ocupar espaço.
Pra você a poesia tem que ser dadaísta. Queria algo que
só você entendesse.
Oh, gamgee, livre
leve dos pássaros
Que a antiga
civilização dos burgueses desafortunados
Voou quebrada na
caverna de cristal
Em quarenta e
cinco graus em relação ao leste
Que reflete o quê
mesmo?
Chocolates.
Power Rangers.
Você estava
errado, Ford!
Somos ninjas dos
vinte e sete sentidos
E descansares e
cobrires e meias-voltas
Somos viajantes e
coração de ouro
Vida, não me fale
sobre vida...
Você estava
errado, Ford!
Que no final do
inverno a folha da árvore que caiu
Cancelou o
festival e agora tenho uma torta
Pra comer
fandangos no morro
Você estava
errado, Ford!
Parcelei sem juros
o burguês feliz
Sempre tenha um
amigo chamado Sam
Aprendi
Com a vida dos
outros
E com o roxo...
Mas você é
impossível
O mais foda de
todos os Sam’s.
Ford estava
errado, Sam.
A antiga
civilização maioneca nunca morrerá!
No litoral tem uma
ilha e um filósofo
Riqué é uma
pronuncia feia.
Vamos caminhar com
o celular e bater no ovo
Um milhão de vezes
Deixar todos
chocados
Ford estava
errado, Sam.
Ford estava
errado.
Precisamos avisar.
Aparatemos de
quadrado em quadrado.
Precisamos avisar.
Ford estava
errado.